ÓDIO E AMOR. Eis as duas sentinelas
Da minha vida. Quando, outrora, eu tive
A alma povoada de ilusões singelas,
Morre! - dizia-me a primeira delas;
Mas a segunda me dizia: - Vive!
Hoje estão ambas mudas. Ah! Se um dia,
Não me corresse as veias, como corre,
Sangue honrado, mas lama e covardia;
Vive! - o Ódio então com júbilo diria;
E o Amor a soluçar diria: - Morre!
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