segunda-feira, dezembro 16, 2019

Do outro lado do medo (Augusto de Lanóia)

Está torto o osso de tanto levantar
No fundo do poço não dá pra se agarrar

A alma grita um resto de atenção
Vibrando um sonho de não viver em vão

Mas o tropeço se repete no andar
De um garoto que sonhava em voar

E a cada passo, um passo em falso
me convencendo do contrário do que não quero enxergar

Mas uma hora a razão vem cobrar
E é lá do outro lado do medo que ela vem questionar

O que esta dentro, calado, amarrado e amordaçado
O que está dentro ainda dentro de mim
Aquela essência que ainda mora ali bem dentro de mim
Amordaçada e maltratada,  mas ainda parte de mim

E cabe a mim escutar sem questionar
E agradecer sem duvidar
Pois lá do outro lado do medo, existe apenas o lado leve de andar

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